se ela é tão fumaça
como o real que me comove.
observo algo a menos
dias como madrugada
e madrugada apenas
como dia havendo
o mar sendo onda
revela-se no escuro
de mais, observo o nada:
pessoas morrendo,
dias passando
em passo sombrio e silencioso.
observo a morte
sem nada mais
entender
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
poema noturno
sente na ausência
algo indefinir
busca poesia ou filosofia,
tentear mais respostas que houverem.
vãs.
se esvai no átimo:
em ruas conhecidas
por nomear,
distante o verbo, presente o medo
questões ancestrais
com respostas fáceis
concluem nada
sobre o nada que carregam
enumera versos arrítmicos
incontextuais, incongruíveis
ao desistir
sem tentar o real
algo indefinir
busca poesia ou filosofia,
tentear mais respostas que houverem.
vãs.
se esvai no átimo:
em ruas conhecidas
por nomear,
distante o verbo, presente o medo
questões ancestrais
com respostas fáceis
concluem nada
sobre o nada que carregam
enumera versos arrítmicos
incontextuais, incongruíveis
ao desistir
sem tentar o real
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Neujahrstag
artíficies articulam ilusões: céu noturno
bebida fraca queima garganta: fogo estelar
Feuerwerk
bebida fraca queima garganta: fogo estelar
Feuerwerk
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Norma
imposições artificiais,
pesadas
sobre pena e língua
desgastam a palavra,
além de mim;
e me tiram as razões.
pesadas
sobre pena e língua
desgastam a palavra,
além de mim;
e me tiram as razões.
Réquiem para a identidade poética.
cantar o fim
do(s) sentido(s), da razão, do poema
quebrar. quebrar.
construir o nada
entender o não:
propósito do rompimento
achar a beleza do ausente
e que não haja recompensa
na incerteza do verbo não Ser,
ao menos procurar
destruir o indizível
e tantas coisas mais;
separar o verso, inocente
e não deixar
no verso apenas
fazer de cada palavra
vida dentro da morte.
do(s) sentido(s), da razão, do poema
quebrar. quebrar.
construir o nada
entender o não:
propósito do rompimento
achar a beleza do ausente
e que não haja recompensa
na incerteza do verbo não Ser,
ao menos procurar
destruir o indizível
e tantas coisas mais;
separar o verso, inocente
e não deixar
no verso apenas
fazer de cada palavra
vida dentro da morte.
domingo, 29 de agosto de 2010
do que (Realmente) se trata:
(ou "o que se trata é doença.")
e tudo se trata
apenas:
desrespeitar a palavra
e enfiar a poesia no rabo.
e tudo se trata
apenas:
desrespeitar a palavra
e enfiar a poesia no rabo.
Salvar.
brincar com a plavran
palavraõn, gigo, digo...
palavra.
descrever como onda a incessante corrente,
do ser que me atravessam,
atravessa, digo, corrijo.
eu sou
como no de serpente
do ser do sabente,
errou.
como eu diga e
afirma que a nota imprecisa,
pressou.
como um canto enfadonho
do distante
singelo
gelou
como eu me corrija
e fadiga
me atinja.
velou.
palavraõn, gigo, digo...
palavra.
descrever como onda a incessante corrente,
do ser que me atravessam,
atravessa, digo, corrijo.
eu sou
como no de serpente
do ser do sabente,
errou.
como eu diga e
afirma que a nota imprecisa,
pressou.
como um canto enfadonho
do distante
singelo
gelou
como eu me corrija
e fadiga
me atinja.
velou.
domingo, 22 de agosto de 2010
Sentidos
Palavra entra através
olhos, ouvidos
e demais sentidos
se assim houvessem
Sai crua
por dedos ou bocas
e demais sentidos
há de expressar
Palavra, apenas
papel, caneta e voz
ouvida.
cantada, não lida
repete os demais
e vai,
se assim quiserem
senti-la
olhos, ouvidos
e demais sentidos
se assim houvessem
Sai crua
por dedos ou bocas
e demais sentidos
há de expressar
Palavra, apenas
papel, caneta e voz
ouvida.
cantada, não lida
repete os demais
e vai,
se assim quiserem
senti-la
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
The darkest 'n longest night
Nesta noite percebi
pereci o velho
alguém fala sobre melhora
algo caminha
faço projetos
tão etéreos como o sonho
tão concretos como a fumaça
algo está por vir.
pereci o velho
alguém fala sobre melhora
algo caminha
faço projetos
tão etéreos como o sonho
tão concretos como a fumaça
algo está por vir.
O que é um poema?
E como terminá-lo?
O poema é.
Algumas imagens
e a fumaça
do que pode ser.
Termino com um ponto final.
E a mesma fumaça de sempre
do que pode ser.
O poema é.
Algumas imagens
e a fumaça
do que pode ser.
Termino com um ponto final.
E a mesma fumaça de sempre
do que pode ser.
O Homem da minha vida
O Homem da minha vida
diz sim
ele é forte e puro.
ele contrasta.
A minha vida
diz.
Ela é
pura.
A vida é.
Contraste
diz sim
ele é forte e puro.
ele contrasta.
A minha vida
diz.
Ela é
pura.
A vida é.
Contraste
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
o golpe de sorte da noite me bastaria para dizer:
tudo isso é tão falho
desistir da revolta
me faz transcender.
desistir da prosa,
tanto faz.
mas a poesia me reinventa
me dê mais uma cerveja
e eu prometo, não farei outro poema
apesar de não acreditar na revolução
apesar de ser o primeiro
e último
poema.
que não se ouve
e não se chora
enquanto se sente
e se quer chorar
enquanto ri
dos versos alheios
enquanto a amizade fala:
"falha"
e o poema não acaba,
atravessa o tempo
e a música.
tudo isso é tão falho
desistir da revolta
me faz transcender.
desistir da prosa,
tanto faz.
mas a poesia me reinventa
me dê mais uma cerveja
e eu prometo, não farei outro poema
apesar de não acreditar na revolução
apesar de ser o primeiro
e último
poema.
que não se ouve
e não se chora
enquanto se sente
e se quer chorar
enquanto ri
dos versos alheios
enquanto a amizade fala:
"falha"
e o poema não acaba,
atravessa o tempo
e a música.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Litorâneo
sentir, vento
eriçar de pêlos
certezas: fumaça
certeza essa, sei
não valhe mais que palavras
sei, porém:
a concretude da areia,
do sal, da água...
viva ou da vida?
em momento nenhum,
ao que parece,
me aparece como mais real
do que a embriaguez,
ou o quase-sono.
eriçar de pêlos
certezas: fumaça
certeza essa, sei
não valhe mais que palavras
sei, porém:
a concretude da areia,
do sal, da água...
viva ou da vida?
em momento nenhum,
ao que parece,
me aparece como mais real
do que a embriaguez,
ou o quase-sono.
Poema Passarinho
Cento e quarenta caracteres
e um poema
Cento e quarenta caracteres
e algumas metáforas
Foi tudo que o passarinho
pôde me dar
Cento e quarent
e um poema
Cento e quarenta caracteres
e algumas metáforas
Foi tudo que o passarinho
pôde me dar
Cento e quarent
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Rubro eu.
A cor, a flor pintada,
não é menos real.
a Verdadeira é. Muito menos.
Soldados de Copas, cortam as cabeças.
O sorriso de Cheshire.
o tom das sombras.
assusta, é. eu sei...
Rubro eu. Azul
Rubro você. Carmim
não é menos real.
a Verdadeira é. Muito menos.
Soldados de Copas, cortam as cabeças.
O sorriso de Cheshire.
o tom das sombras.
assusta, é. eu sei...
Rubro eu. Azul
Rubro você. Carmim
terça-feira, 13 de julho de 2010
Algo Poético
Há algo em meu ser que não percebo.
Justamente por não perceber.
Há algo.
Escondido.
_____________onde surge toda poesia.
E para lá volta,
_____________vazia.
Justamente por não perceber.
Há algo.
Escondido.
_____________onde surge toda poesia.
E para lá volta,
_____________vazia.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Poema mais triste
Hoje, escrevi o poema mais triste.
Um que era feito apenas de palavras.
Não foi escrito com sangue,
não havia lágrima sequer, naquele papel.
Era tão belo...
E por isso sem valor.
Era verdade.
E por isso tão triste.
Um que era feito apenas de palavras.
Não foi escrito com sangue,
não havia lágrima sequer, naquele papel.
Era tão belo...
E por isso sem valor.
Era verdade.
E por isso tão triste.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Poema Incompleto
Não quero falar de amores,
perdido.
Nem cantar rejeição.
Realidade já me basta,
consome.
Fora do papel.
perdido.
Nem cantar rejeição.
Realidade já me basta,
consome.
Fora do papel.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Poema da Recusa Nº1
Pudesse eu unir.
Todos meus versos
em um.
Teria como título teus olhos.
E como final,
teu não.
Todos meus versos
em um.
Teria como título teus olhos.
E como final,
teu não.
Poema da Recusa Nº2
Conquista com o não.
Quem há de resistir?
Melhor é a recusa,
que tudo aquilo que se pode ter.
Quem há de resistir?
Melhor é a recusa,
que tudo aquilo que se pode ter.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Café, pão de queijo, sono e corações partidos.
Inútil,
é todo amor?
Todo poema é vão.
Poemas pobres,
não deveriam nascer.
Nascem.
é todo amor?
Todo poema é vão.
Poemas pobres,
não deveriam nascer.
Nascem.
sábado, 22 de maio de 2010
Búzios
O salto alto
Pelas esquinas de pedra
Impecáveis minissaias
Ninguém pra me salvar
É tudo igual
Todas as noites
Cerveja barata
Cigarros apagados
Pelas esquinas de pedra
Impecáveis minissaias
Ninguém pra me salvar
É tudo igual
Todas as noites
Cerveja barata
Cigarros apagados
Jardins Suspensos do Fundão
Não crio poemas,
construo jardins.
Se poemas fossem,
Versos pobres, símbolos,
palavras. Aglutinados,
rimas inexistentes
Se fossem poemas...
Se por fim acreditar:
Meus jardins me criam
Serei feliz. Um minuto
Sem, no entanto,
Compreender o que é
felicidade
construo jardins.
Se poemas fossem,
Versos pobres, símbolos,
palavras. Aglutinados,
rimas inexistentes
Se fossem poemas...
Se por fim acreditar:
Meus jardins me criam
Serei feliz. Um minuto
Sem, no entanto,
Compreender o que é
felicidade
Poética da Fumaça
O tédio, o isqueiro.
Me empreste um, por favor.
Só tenho fósforos,
Tanto faz, tanto faz...
O fogo e o suspiro.
A poesia se transforma:
fumaça, fumaça,
todo poema é fumaça.
O dia, o dia:
É só o fim do dia.
Mais um, só mais um.
Prometo, será o último
poema.
Me empreste um, por favor.
Só tenho fósforos,
Tanto faz, tanto faz...
O fogo e o suspiro.
A poesia se transforma:
fumaça, fumaça,
todo poema é fumaça.
O dia, o dia:
É só o fim do dia.
Mais um, só mais um.
Prometo, será o último
poema.
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