segunda-feira, 31 de maio de 2010

Genialidade não encontrarás.
Amigo, forasteiro...

Aqui se repete o óbvio.
Apenas.

Aqui, poemas falsos,
se escrevem sobre outros poemas...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Apoética

Um, dois versos.
Duas doses,
outro maço.

Não é poesia.
Longe de mim.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Café, pão de queijo, sono e corações partidos.

Inútil,
é todo amor?
Todo poema é vão.

Poemas pobres,
não deveriam nascer.

Nascem.

sábado, 22 de maio de 2010

Búzios

O salto alto
Pelas esquinas de pedra
Impecáveis minissaias

Ninguém pra me salvar

É tudo igual
Todas as noites
Cerveja barata
Cigarros apagados

Jardins Suspensos do Fundão

Não crio poemas,
construo jardins.
Se poemas fossem,
Versos pobres, símbolos,
palavras. Aglutinados,
rimas inexistentes
Se fossem poemas...

Se por fim acreditar:
Meus jardins me criam
Serei feliz. Um minuto
Sem, no entanto,
Compreender o que é
felicidade
Quem sabe um dia,
eu te escreva um poema
se você quiser,
eu sou.

Quem sabe um dia,
eu te mato.

Poética da Fumaça

O tédio, o isqueiro.
Me empreste um, por favor.
Só tenho fósforos,
Tanto faz, tanto faz...

O fogo e o suspiro.
A poesia se transforma:
fumaça, fumaça,
todo poema é fumaça.

O dia, o dia:
É só o fim do dia.
Mais um, só mais um.
Prometo, será o último
poema.